quarta-feira, 22 de maio de 2019

Para Renan, alternativas ao impeachment diminuem e Planalto segue imobilizado


O senador Renan Calheiros (MDB-AL) está contente e preocupado. De sua parte, se livrou do 13º processo judicial a que responde desde que explodiu o caso Mônica Veloso e a Operação Lava Jato. Ainda faltam 12 procedimentos criminais e cíveis, que ele acredita que serão todos arquivados por falta de provas. De outro lado, está preocupado com instabilidade política e prejuízos à economia e ao emprego que marcam a gestão de Jair Bolsonaro (PSL)... 

"O governo começou mal, envelheceu rapidamente", disse Renan ao UOL, em seu gabinete, no final da tarde de terça-feira (21), antes de ir ao plenário. "E não faz nada, seguindo a carta postada pelo próprio presidente."

O senador fala pausadamente, como que medindo as palavras, com uma caneta de marca "Bic" na mão, a exemplo de Bolsonaro, e rascunhando uma folha de papel sobre o braço de uma sofá negro. Renan foi líder do governo de Fernando Collor (ex-PRN, 1990-1992), que caiu após impeachment e crise na relação com o Congresso. "O que preocupa é exatamente isso", completa o senador

Para Renan, as frases do presidente de extrema-direita que chamam estudantes de "idiotas" e a classe política de "o principal" problema do país têm uma causa. Seria a "necessidade de gerar crises todos os dias, tornando desnecessário o próprio papel da oposição". E, em sua visão, esse "avassalador desgaste" do governo deve atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência.
FONTE: Eduardo Militão
Do UOL, em Brasília

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