sexta-feira, 26 de maio de 2017

Bacabal homenagea Papete com Sarau Lítero-musical

Há um ano os terreiros do Maranhão deixaram de ouvir o rufar da percussão de José Ribamar  Viana, conhecido como Papete. O artista nasceu em Bacabal em 8 de novembro de 1947, foi cantor, compositor, percussionista alem de pesquisador da cultura brasileira.
Para  reverenciar sua memória, a Secretaria de cultura de Bacabal em parceria com a sociedade civil (artistas e produtores culturais) realizam hoje 26 de maio a partir das 18h00,  um Sarau  Lítero-musical  em louvação a Papete, maior nome da cultura bacabalense. O evento acontece todas sexta feiras  no  terreiro da secretaria de cultura. Papete sempre foi muito querido em Bacabal, mas  vinha muito pouco à cidade, realizava grandes shows no período junina na região, chegou a ser Tema de enredo da Escola de Samba Unidos do Bairro da areia vindo diretamente de São `Paulo para desfilar em carro alegórico criado exclusivamente para ele.
Papete estudou no Colégio Marista Maranhense, estudou também reportagem fotográfica em São Paulo.Trabalhou por sete anos em uma casa de música, o Jogral, onde deu inicio a sua trajetória musical. Trabalhou como produtor, pesquisador e arranjador na produtora Discos Marcus Pereira. 
Foi eleito um dos três melhores percussionistas do mundo quando participou do Festival de jazz de Montreux na Suíça nos anos de 1982, 1984 e 1987.Também acompanhou o músico italiano Ângelo Branduardi na década de 80, e se apresentou com o saxofonista japonês Sadão Watanabe, com Toquinho e Vinícius, e pósteriomente com Toquinho, por  treze anos fazendo com este mais de mil apresentações em mais de vinte países.
Poema de Paulo Campos para Papete

Trabalhou como os maiores artistas da MPB, com Paulinho da Viola, Miucha, rosinha de Valença, Paulinho Nogueira, Marília Medalha, Chico Buarque, Sá e Guarabira, Almir Sater, Rita Lee, Diana Pequeno, Renato  Teixeira, Martinho da Vila, com o bacabalense Zé lopes, entre outros.
Compôs com Josias Sobrinho as canções  e o libreto da ópera popular "Catirina", marco da cultura maranhense nos anos noventa. Em 1978 lançou o antológico álbum Bandeira de Aço.
Papete em transe ao tocar birimbau uma de suas paixões

Um dos últimos projetos que coordenou deu origem  ao Livro " Os Senhores Cantadores, Amos e Poetas de Bumba meu boi do Maranhão" lançado em novembro de 2015. Papete será escolhido para ser um dos patronos da Academia Bacabalense de Letras. Morreu em 26 de maio de 2016 em São Paulo aos 68 anos e suas cinzas devem ser jogadas no rio Mearim um dos seus desejos íntimos. Artista e produtores culturais reverenciam o brilho da estrela que ilumina os terreiros do maranhão, José Ribamar Viana, Mestre Papete meus  respeitos.
Por Zezinho Casanova


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