terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Paciente com HIV pode ter sido curado com células-tronco na Alemanha

Doutores de Berlim, na Alemanha, afirmam que, após um transplante de células-tronco realizado em um paciente com leucemia, infectado pelo vírus HIV, em 2007, passaram a acreditar que o homem foi curado do vírus graças ao tratamento. As informações são do site Aids Map.

O homem recebeu a medula óssea de um doador que possuía resistância natural ao vírus HIV. Isso foi possível graças ao perfil genético que deixa o gene co-receptor CCR5 ausente das células. A mais comum variação do HIV usa este gene como uma estação de encaixe, fixando-se a ele para entrar e infectar as células, e as pessoas com esta mutação são quase completamente protegidas contra infecções por HIV.

O caso foi noticiado pela primeira vez em 2008, em conferência realizada em Boston, Estados Unidos, e os médicos alemães, logo depois, publicaram um artigo detalhado na revista New England Journal of Medicine.

Agora, uma outra reportagem foi publicada na revista Blood, onde os especialistas argumentam que, baseados nos resultados de testes, "é possível concluir que a cura da infecção por HIV foi alcançada neste paciente".

O paciente é um homem HIV positivo que desenvolveu leucemia, recebeu tratamento com sucesso e posteriormente viu a volta da doença, em 2007, quando se tornou necessário um transplante de células tronco.

Antes do transplante, o paciente fez quimioterapia, que destruiu a maioria das células imunes, além de drogas imunossupressoras para prevenir a rejeição das novas células-tronco. Ele também foi submetido a uma terapia com medicamentos antiretrovirais no dia do transplante. Um segundo transplante de células-tronco foi realizado treze dias após o primeiro, por causa do retorno da doença.

Os especialistas acreditam que se a cura foi realmente alcançada neste paciente, novas pesquisas para desenvolver a cura do HIV por meio de células-tronco devem ser realizadas. Os pesquisadores também acreditam que a descoberta mostra a importância de suprimir a produção das células do gene CCR5, seja por transplante ou por terapia genética.

Se as tentativas obtiverem sucesso, os pesquisadores afirmam que os testes devem ser feitos em pessoas sem mais opções de tratamento além de transplantes de medula óssea ou células-tronco.
FONTE: TERRA

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