fonte: O Globo
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Fidel Castro |
A hemorragia intestinal que, há mais de quatro anos, quase matou Fidel Castro aconteceu quando ele estava em um voo em Cuba, sem médico a bordo, e forçou uma aterrissagem de emergência em algum lugar entre Havana e Holguín. Pela gravidade dos problemas, diplomatas americanos diziam, um ano depois, que o líder cubano sofreria "uma inevitável deterioração de suas faculdades mentais", mas não morreria imediatamente.
As revelações, que violam um silêncio quase absoluto do governo cubano sobre a saúde de Fidel, de 84 anos, aparecem em relatórios enviados a Washington por diplomatas americanos que tiveram acesso, por intermediários, a boletins médicos oficiais da ilha. Os documentos foram filtrados pelo site WikiLeaks e divulgados pelo jornal espanhol "El País".
Em 14 de março de 2007, o escritório de interesses americano recebeu um boletim, elaborado a partir do histórico médico de Fidel, que descreve o agravamento do estado de saúde do cubano. "Castro atravessa um estado terminal (...), mas não vai morrer imediatamente. Acreditamos que uma volta definitiva é improvável", escreveu então Michael Parmly, que chefiava a missão diplomática americana.
Parmly ressalta, porém, que Fidel passou a ser uma presença mais de bastidores do que fora em anos anteriores.
Outras correspondências da missão americana mencionam a doença de Fidel, projetam cenários políticos e comentam as aparições do líder cubano, mas apenas no relatório de março de 2007 é feito uma descrição mais detalhada de seu estado clínico.
Fidel afastou médico que acatou sua sugestão de cirurgia
O relatório explica que o voo que levava Fidel em julho de 2006 não tinha médico porque era curto - Havana e Holguín são separadas por cerca de 700 quilômetros. Após a aterrissagem, foi diagnosticada diverticulite do cólon, que no caso do cubano gerou uma hemorragia no intestino.
Os americanos contam que, segundo os boletins a que tiveram acesso, antes da operação Fidel discutiu praticamente ao mesmo nível dos médicos qual seria a melhor intervenção cirúrgica para o seu caso. A sugestão dele foi acatada, mas a operação não deu certo.
O médico Eugenio Selman, chefe da equipe que acatou a sugestão de seu então presidente, foi afastado "para um emprego menor" com a chegada de um médico espanhol, que descartou a possibilidade de câncer e descobriu no intestino uma fístula, uma conexão anormal entre órgãos. Por esse problema, Fidel perdeu quase 20 quilos.
A correspondência americana conclui que, com mais de 80 anos, Fidel não poderia mais se curar desses problemas de saúde e, por isso, não voltaria à atividade em Cuba como antes.
"Fidel Castro quase morreu entre julho e outubro de 2006, (mas) ainda nos faltam muitas variáveis para prever por quantos meses mais viverá", escrevem os americanos ao Departamento de Estado.
Com o afastamento de Fidel, Raúl Castro, seu irmão mais novo, assumiu o poder em Cuba ainda em 2006. Dois anos depois, apesar dos sinais de recuperação do irmão, se tornou presidente de forma definitiva.
As revelações, que violam um silêncio quase absoluto do governo cubano sobre a saúde de Fidel, de 84 anos, aparecem em relatórios enviados a Washington por diplomatas americanos que tiveram acesso, por intermediários, a boletins médicos oficiais da ilha. Os documentos foram filtrados pelo site WikiLeaks e divulgados pelo jornal espanhol "El País".
Em 14 de março de 2007, o escritório de interesses americano recebeu um boletim, elaborado a partir do histórico médico de Fidel, que descreve o agravamento do estado de saúde do cubano. "Castro atravessa um estado terminal (...), mas não vai morrer imediatamente. Acreditamos que uma volta definitiva é improvável", escreveu então Michael Parmly, que chefiava a missão diplomática americana.
Parmly ressalta, porém, que Fidel passou a ser uma presença mais de bastidores do que fora em anos anteriores.
Outras correspondências da missão americana mencionam a doença de Fidel, projetam cenários políticos e comentam as aparições do líder cubano, mas apenas no relatório de março de 2007 é feito uma descrição mais detalhada de seu estado clínico.
Fidel afastou médico que acatou sua sugestão de cirurgia
O relatório explica que o voo que levava Fidel em julho de 2006 não tinha médico porque era curto - Havana e Holguín são separadas por cerca de 700 quilômetros. Após a aterrissagem, foi diagnosticada diverticulite do cólon, que no caso do cubano gerou uma hemorragia no intestino.
Os americanos contam que, segundo os boletins a que tiveram acesso, antes da operação Fidel discutiu praticamente ao mesmo nível dos médicos qual seria a melhor intervenção cirúrgica para o seu caso. A sugestão dele foi acatada, mas a operação não deu certo.
O médico Eugenio Selman, chefe da equipe que acatou a sugestão de seu então presidente, foi afastado "para um emprego menor" com a chegada de um médico espanhol, que descartou a possibilidade de câncer e descobriu no intestino uma fístula, uma conexão anormal entre órgãos. Por esse problema, Fidel perdeu quase 20 quilos.
A correspondência americana conclui que, com mais de 80 anos, Fidel não poderia mais se curar desses problemas de saúde e, por isso, não voltaria à atividade em Cuba como antes.
"Fidel Castro quase morreu entre julho e outubro de 2006, (mas) ainda nos faltam muitas variáveis para prever por quantos meses mais viverá", escrevem os americanos ao Departamento de Estado.
Com o afastamento de Fidel, Raúl Castro, seu irmão mais novo, assumiu o poder em Cuba ainda em 2006. Dois anos depois, apesar dos sinais de recuperação do irmão, se tornou presidente de forma definitiva.
Não adianta se deliciarem com a visão de um Fidel no fim de sua vida... Ele nos deixou um legado, história de coragem e verdadeira justiça! Mordam-se, fodam-se liberais!
ResponderExcluir* José Antonio Gonçalves - Guarujá SP