Cineclubes se espalham como opção para quem quer mais que o circuito comercial oferece
POR MARCOS GALVÃO - O Dia
Rio - Luz, câmera....projeção. Os cineclubes da Baixada estão em plena ação. De acordo com a Associação de Cineclubes do Rio de Janeiro (Ascine), a região já é, no estado, a que concentra o maior número de salas de projeção do cinema alternativo.
E elas são, cada vez mais, opção para quem não se contenta com as ofertas do circuito comercial. “Gastava dinheiro e tempo indo ao Centro ou à Zona Sul do Rio. Com um cineclube perto de casa, ficou mais fácil”, explica Marcelo Lima, o Amendoim, 27 anos.
Fã de documentários, ele mora em São João de Meriti e é frequentador de cineclubes, como o Mate com Angu, em Duque de Caxias.
Diretor de Acervo e Difusão da Ascine, André Sandino explica que a expansão no setor tem como motivo o programa Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura, que oferece projetor, telas, equipamento de som e DVDs para os cineclubes cadastrados.
Fundado em 2006, o cineclube Ankito, em Nilópolis, é dirigido por alunos e ex-alunos do curso de Produção Cultural da IFRJ. Yuri Chamusca, Ingryd Calazans e Géssica Santiago promovem sessões às 12h30, na segunda e na quarta sexta-feira do mês.
Em Mesquita, o professor e compositor Sérgio Fonseca, 66 anos, tem acervo de mais de 8 mil fitas e DVDs. Diretor do Vídeoverso, cujas sessões são aos sábados às 15h, na Escola Brito Elias, ele sempre programa um debate após o filme. “A proposta é mostrar um filme fora dos grandes circuitos”, diz. As próximas projeções são ‘A Megera Domada’, de Franco Zefirelli, e ‘Verônica’, de Maurício Farias.
Projeto leva documentário às cidades
Na onda dos cineclubes, a Petrobras promove esta semana na Baixada o projeto ‘Cinearte Sarau, série de exibições do documentário ‘Lixo Extraordinário’, que já percorreu 18 estados do país. As sessões são todas gratuitas.
Hoje, às 18h, o filme será exibido em Nova Iguaçu, no Jardim da Viga, no Campo do Carioquinha. Na terça-feira é a vez de Belford Roxo, às 16h30, na Avenida Augusto Vasco Aranha, em Areia Branca. Na quinta-feira, em Nilópolis, a apresentação será às 17h no Centro Municipal de Eventos.
Na sexta-feira, o filme será exibido às 18h, na Rua Machado de Assis, na Praça da Bandeira, em São João de Meriti. E Mesquita recebe o documentário no sábado, às 17h, no Paço Municipal. E, para encerrar, no próximo domingo, a exibição será em Caxias, às 15h30, na Avenida Automóvel Clube 4.491, na Taquara.
Muito mais que assistir a filmes
Um dos mais antigos cineclubes da Baixada, o Mate com Angu, de Duque de Caxias, existe há nove anos e oferece mais que filmes. Como funciona no espaço da cinquentenária Sociedade Musical e Artística Lira de Ouro, na Rua Sebastião de Oliveira, no Centro, o frequentador sempre tem a oportunidade de saber os agitos culturais que acontecem na cidade.
“A Lira de Ouro oferece shows musicais, oficinas. É um espaço para a divulgação da arte. Como alguns integrantes da Lira de Ouro também são do Mate com Angu, as atividades estão sempre muito relacionadas”, diz o diretor de cinema Antonio Carlos Amaral, o Cacau, um dos sócios do Mate com Angu.
O espaço onde funciona o cineclube está em obras, o que não impede a direção do Mate com Angu de programar filmes. O local pode ser até mesmo a calçada em frente ao cineclube. “Fica até mais democrático, embora o cineclube não cobre ingresso”. Aliás, esta é a característica dos cineclubes da Baixada.
O nome Mate com Angu é uma homenagem à primeira escola do país a oferecer merenda. Foi uma iniciativa da educadora Armanda Álvaro Alberto, na Escola Proletária Merity, em Duque de Caxias.
Em Mesquita, o professor Sérgio Fonseca, 66 anos, se sente à vontade para falar de uma paixão que nutre desde a infância: os filmes. Fundador do primeiro cineclube da Baixada Fluminense, na década de 1960, o Tempo Novo, Sérgio recorda as dificuldades para conseguir as fitas para as projeções. “Ia à cinemateca da extinta Mesbla conseguir as cópias”, conta.
As exibições começaram na Rádio Mauá Solimões, em Nova Iguaçu; depois passaram para o Teatro Arcádia. “Uma exibição marcante foi a do filme Morangos Silvestres, de Ingmar Bergman”, diz Sérgio Fonseca, hoje coordenador do cineblube Videoverso, em Mesquita.
E elas são, cada vez mais, opção para quem não se contenta com as ofertas do circuito comercial. “Gastava dinheiro e tempo indo ao Centro ou à Zona Sul do Rio. Com um cineclube perto de casa, ficou mais fácil”, explica Marcelo Lima, o Amendoim, 27 anos.
Fã de documentários, ele mora em São João de Meriti e é frequentador de cineclubes, como o Mate com Angu, em Duque de Caxias.
Diretor de Acervo e Difusão da Ascine, André Sandino explica que a expansão no setor tem como motivo o programa Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura, que oferece projetor, telas, equipamento de som e DVDs para os cineclubes cadastrados.
Fundado em 2006, o cineclube Ankito, em Nilópolis, é dirigido por alunos e ex-alunos do curso de Produção Cultural da IFRJ. Yuri Chamusca, Ingryd Calazans e Géssica Santiago promovem sessões às 12h30, na segunda e na quarta sexta-feira do mês.
Em Mesquita, o professor e compositor Sérgio Fonseca, 66 anos, tem acervo de mais de 8 mil fitas e DVDs. Diretor do Vídeoverso, cujas sessões são aos sábados às 15h, na Escola Brito Elias, ele sempre programa um debate após o filme. “A proposta é mostrar um filme fora dos grandes circuitos”, diz. As próximas projeções são ‘A Megera Domada’, de Franco Zefirelli, e ‘Verônica’, de Maurício Farias.
Projeto leva documentário às cidades
Na onda dos cineclubes, a Petrobras promove esta semana na Baixada o projeto ‘Cinearte Sarau, série de exibições do documentário ‘Lixo Extraordinário’, que já percorreu 18 estados do país. As sessões são todas gratuitas.
Hoje, às 18h, o filme será exibido em Nova Iguaçu, no Jardim da Viga, no Campo do Carioquinha. Na terça-feira é a vez de Belford Roxo, às 16h30, na Avenida Augusto Vasco Aranha, em Areia Branca. Na quinta-feira, em Nilópolis, a apresentação será às 17h no Centro Municipal de Eventos.
Na sexta-feira, o filme será exibido às 18h, na Rua Machado de Assis, na Praça da Bandeira, em São João de Meriti. E Mesquita recebe o documentário no sábado, às 17h, no Paço Municipal. E, para encerrar, no próximo domingo, a exibição será em Caxias, às 15h30, na Avenida Automóvel Clube 4.491, na Taquara.
Muito mais que assistir a filmes
Um dos mais antigos cineclubes da Baixada, o Mate com Angu, de Duque de Caxias, existe há nove anos e oferece mais que filmes. Como funciona no espaço da cinquentenária Sociedade Musical e Artística Lira de Ouro, na Rua Sebastião de Oliveira, no Centro, o frequentador sempre tem a oportunidade de saber os agitos culturais que acontecem na cidade.
“A Lira de Ouro oferece shows musicais, oficinas. É um espaço para a divulgação da arte. Como alguns integrantes da Lira de Ouro também são do Mate com Angu, as atividades estão sempre muito relacionadas”, diz o diretor de cinema Antonio Carlos Amaral, o Cacau, um dos sócios do Mate com Angu.
O espaço onde funciona o cineclube está em obras, o que não impede a direção do Mate com Angu de programar filmes. O local pode ser até mesmo a calçada em frente ao cineclube. “Fica até mais democrático, embora o cineclube não cobre ingresso”. Aliás, esta é a característica dos cineclubes da Baixada.
O nome Mate com Angu é uma homenagem à primeira escola do país a oferecer merenda. Foi uma iniciativa da educadora Armanda Álvaro Alberto, na Escola Proletária Merity, em Duque de Caxias.
Em Mesquita, o professor Sérgio Fonseca, 66 anos, se sente à vontade para falar de uma paixão que nutre desde a infância: os filmes. Fundador do primeiro cineclube da Baixada Fluminense, na década de 1960, o Tempo Novo, Sérgio recorda as dificuldades para conseguir as fitas para as projeções. “Ia à cinemateca da extinta Mesbla conseguir as cópias”, conta.
As exibições começaram na Rádio Mauá Solimões, em Nova Iguaçu; depois passaram para o Teatro Arcádia. “Uma exibição marcante foi a do filme Morangos Silvestres, de Ingmar Bergman”, diz Sérgio Fonseca, hoje coordenador do cineblube Videoverso, em Mesquita.
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