Trabalhadores fazem protestos em diversas cidades do Brasil contra propostas do governo nesta quinta-feira, 22 de setembro. A FENAJ orientou os Sindicatos de Jornalistas a participarem dos protestos contra as medidas do governo Temer que retiram direitos dos trabalhadores. Em diversos estados haverá atividades organizadas pelas centrais sindicais – CUT, CTB, UGT, Força, NCST, CSP-Conlutas e Intersindical – e as entidades que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A agenda de mobilização inclui paralisações, atrasos na entrada aos locais de trabalho, assembleias nas portas das empresas, passeatas e manifestações que serão preparatórias para a construção de uma greve geral no país.
Para a Federação Nacional dos Jornalistas, a paralisação nacional convocada para esta quinta-feira representa um passo importante para a construção da GREVE GERAL no país, contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo Michel Temer. “O Executivo já sinalizou disposição para acabar com direitos sagrados da classe trabalhadora, seguindo a agenda neoliberal dos financiadores do golpe”, diz o texto.
Entre as medidas nocivas aos trabalhadores, a FENAJ apontou projetos que já tramitam no Congresso Nacional propondo a retirada de direitos. Entre eles, o PLC 30, que autoriza a universalização dos contratos precários ao permitir a terceirização das atividades-fim; o PL 4193, que autoriza a prevalência do negociado sobre o legislado; e o PL 427, que institui a negociação individual entre empregado e empregador, fragilizando a negociação coletiva.
A pauta de mobilização proposta pelas centrais sindicais para o ” Dia Nacional de Paralisação Rumo à Greve Geral – Nenhum Direito a Menos” arrola questões como a defesa dos salários, direitos e empregos, combate à Reforma da Previdência Social, ao ajuste fiscal que consta na PEC 241 e no PLP 257, às privatizações e precarização das relações trabalhistas, à entrega do pré-sal e ao PLC 30, das terceirizações sem limite.
Na orientação aos Sindicatos de Jornalistas, a FENAJ resgatou que além da crescente perda de postos de trabalho da categoria, há dificuldades de negociação salarial em decorrência da estratégia nacional do patronato da mídia – capitaneado pela ANJ e Abert – para acabar com direitos conquista
dos em convenções e acordos coletivos. Em diversos Estados, as campanhas salariais não avançam por recusa das empresas em negociar ou por propostas de reajuste que vão de ZERO a, no máximo, metade da inflação (média de 5%). “Por tudo isso, a pauta dos jornalistas deve ser evidenciada no Dia Nacional de Paralisação, como uma forma de pressionar as empresas de comunicação, combatendo a tentativa de arrocho salarial e a retirada de direitos da categoria”, orienta a Federação.
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