sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Casos de AIDS em jovens tornam-se cada vez mais comum



Ocupando o sexto lugar no ranking nacional de casos registrados de AIDS, o Maranhão sofreu um aumento no número de registros da doença também entre as capitais nordestinas, no qual São Luís ocupa o primeiro lugar com mais de três mil casos, segundo dados coletados pelo Ministério da Saúde no final de 2012.

Os números podem ainda ser maiores, uma vez que os casos registrados são de portadores que já desenvolveram a doença, fora aqueles que ainda não sabem, inclusive os jovens. Entre os dados coletados pelo Ministério da Saúde, a faixa etária em que a AIDS é mais incidente em ambos os sexos é a de 25 a 49 anos, mas os casos tornam-se ainda mais preocupantes entre os adolescentes de 13 a 19 anos, que iniciam a vida sexual precocemente.

“Grande parte dos jovens inicia a vida sexual sem cuidados básicos, como a utilização da camisinha ou não possuem instrução por parte da família ou até mesmo da escola”, afirma o proctologista, o Dr. Santiago Servin. Este fato pode ser causado também pelo abuso de álcool e drogas ou quando o adolescente inicia um namoro estável e passa a dispensar o preservativo na crença da fidelidade entre o casal.

A relação prematura pode ainda ter, além da falta de cuidados entre os jovens, ligação aos apelos eróticos que os veículos de comunicação transmitem, principalmente a internet. Assim, o sexo torna-se algo comum, que pode ser feito por qualquer indivíduo ou de qualquer maneira, imune às doenças. “Boa parte das jovens inicia com o sexo anal, seja por medo de uma gravidez indesejada, de perder a virgindade ou pela falta de conhecimento em pensar que as doenças sexualmente transmissíveis não podem ser transmitidas desta maneira. Há ainda o caso de jovens homossexuais ou curiosos que não possuem os devidos cuidados na primeira relação homossexual, muitas vezes por falta de conhecimento ou por que se relacionam com adultos contaminados. Outros participam de orgias homossexuais por necessidade ou por divertimento que acabam expondo estes indivíduos às doenças com muita frequência”, explica Servin.

Em termos biológicos, as jovens possuem fatores que facilitam a infecção. Segundo O Dr. Santiago, “elas possuem células na cavidade vaginal e no colo do útero que não defendem o organismo contra a infecção, enquanto os homens jovens possuem a capacidade de realizar o ato sexual com maior frequência, tornando-se mais suscetível ao HIV”.
Como prevenção, é necessário educar os adolescentes de maneira efetiva antes que eles iniciem o sexo. Segundo Servin, “orientar sobre sexo não é fácil nem para o pai mais liberal do mundo, principalmente quando o filho tem tendências homossexuais, onde as ocorrências são maiores. A orientação começa com a visita ao médico para tirar possíveis dúvidas e obviamente conhecer os riscos que está correndo”.

FONTE: Raissa Tauany DE O IMPARCIAL

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