quarta-feira, 2 de abril de 2014

Diagnóstico precoce e acompanhamento podem dar maior independência aos autistas




"Azul é a cor do autismo; vista-se de azul": a convocação para toda a sociedade, no "Dia Mundial de Conscientização do Autismo", é da Associação dos Pais, Familiares e Amigos de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista Ilha Azul, que desenvolve, em São Luís, o trabalho de conscientização e apoio às famílias com autistas. Em todo o Estado, esta "Quarta-feira Azul" (2) vai ser marcada por diversas atividades de conscientização.
Encarado por, ao menos, duas milhões de famílias em todo o país, o autismo é considerara pela ciência uma disfunção global do desenvolvimento, que afeta algumas habilidades. A médica e representante do grupo Ilha Azul, Paula Brito, explicou, em entrevista ao Imirante.comnesta manhã, as características do autismo, que, agora, possui uma classificação única: Transtorno do Espectro Autista (TEA), com graus de comprometimento. "O autismo é um transtorno que afeta o desenvolvimento neurológico onde as pessoas vão apresentar uma alteração na interação social e na comunicação, e apresentem interesse restrito e fixo, é o que a gente chama de estereotipia", esclarece – ouça na íntegra.


Padrões de comportamento podem auxiliar na identificação de uma criança com autismo. "A criança gosta, muitas vezes, de brincar com um brinquedo, mas é um brincar que não é funcional. Ele coloca o carrinho para baixo e fica girando só a rodinha, por exemplo. E, muitas vezes, as crianças têm dificuldade de se comunicar: ou não falam, ou não fazem contato visual. Isso varia de acordo com as habilidades de cada um", diz. O ideal é que o diagnóstico ocorra entre os seis meses a dois anos de idade.

Inserção

A vida de um autista pode ser bem menos complicada do que se imagina, a depender da forma como é feito o acompanhamento. "Vai depender, basicamente, da intervenção. Então, se a criança for bem trabalhada, ela pode levar uma vida independente no futuro", garante Paula Brito.


Outro aspecto fundamental é a inserção no ensino regular. "Em relação à escola, não existem mais escolas especiais. Então, as crianças têm que ser inseridas no ensino regular. O que se procura fazer são adaptações às limitações da criança. Às vezes, ela não consegue ler um texto muito longo, mas aí você faz uma pergunta mais objetiva", afirma a médica.

Associação

Além de buscar formas de enfrentar o preconceito – que, sim, ainda existe – por meio da conscientização, a associação realiza cursos, jornadas, workshops e reuniões mensais a fim de capacitar profissionais e parentes. Nesta semana, o grupo Ilha Azul organiza a segunda edição da Jornada Maranhense de Autismo e a 17ª Jornada Regional de Autismo. Serão 11 palestras, sendo uma com convidado internacional, entre a sexta-feira (4) e o domingo (6).

Outras informações sobre as duas jornadas podem ser obtidas na plataforma Doity, pelo e-mail grupoilhaazul@hotmail.com e, ainda, pelos telefones (98) 8190-5876, (98) 8803-7163 e(98) 9607-6251.

fonte: Maurício Araya / Imirante.com

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