sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Denúncia: A máfia das igrejas no radialismo brasileiro


“Igrejas picaretas estão matando o rádio no Brasil”. A declaração é do colunista do Yahoo, Regis Tadeu. A veracidade da frase vem de encontro ao atual momento do radialismo brasileiro, que cada vez mais tem seu espaço tomado pelas mais variadas vertentes de igrejas evangélicas. Na grande São Paulo, por exemplo, basta ir mudando de estação para se deparar com a quantidade absurda de pastores nos microfones. Em outras regiões como no Centro-Oeste, não é diferente.

Em sua coluna publicada no dia 10 de agosto de 2016, Regis afirma que a pregação transformou o rádio em um veículo de disseminação de estupidez e malandragem. “São cada vez mais raras as emissoras que ainda mantém uma programação musical/jornalística. Em compensação, o resto é estelionato religioso na cara dura, com todo mundo prometendo resolver qualquer problema: câncer, saldo negativo no banco, unha preta, possessão demoníaca, sogra insuportável, espinhela caída, casamento acabado e toda sorte de ‘disgracêra’ que você imaginar. Um verdadeiro atentado à inteligência, mesmo para quem tem um nível de raciocínio próximo ao das lagostas”, escreveu o jornalista.

A culpa, segundo Regis, é da própria emissora que aluga sua programação. A prática é proibida pelo Código Geral de Telecomunicações, mas o arrendamento de emissoras de rádio se transformou em um multimilionário mercado de aluguel, o que fez o Ministério Público entrar na briga judicial para tentar acabar com esse mal que se alastrou pelo país. Os alugueis em São Paulo chegam a custar R$ 500 mil por mês.

Outra denuncia de relevância para a comunicação no rádio é o processo chamado “paulistanização”, onde uma emissora de pequeno porte do interior do Estado, com alcance restrito, passa a ter uma potência de radiodifusão multiplicada na capital por intermédio de outras emissoras. O aumento da potência de transmissão não tem qualquer autorização da Anatel, que é a Agência Nacional de Telecomunicações.

Para Regis Tadeu, a única maneira de acabar com a máfia das igrejas no rádio é a Justiça agir rapidamente e com rigor. “Interromper as transmissões imediatamente, lacrar os equipamentos em caso de desobediência de sentença judicial, determinar o bloqueio dos bens dos envolvidos, fiscalização incessante em cima desses picaretas. Caso contrário, teremos mais um meio de comunicação dominado por gente escrota e desonesta fazendo programação para energúmenos das mais variadas espécies que certamente são grandes ‘clientes’ em potencial” finaliza o comunicador.

Bruno Caetano

Da Redação DA AGENCIA ABRACO

Com informações de Regis Tadeu





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