terça-feira, 10 de julho de 2018

CRÔNICA:Estudantes da escola Leda Tajra de Bacabal reencontram-se 30 anos depois

       
A letra de uma música de uma banda de rock dos anos oitenta dizia que "O mundo inteiro é uma ilha e milhas e milhas de qualquer lugar", o poeta de cabelos longos  do Rock estava certo, somos uma ilha,uma aldeia global rodeada de internet por todos os lugares. E foi as tão amadas e odiadas redes sociais que conseguiu juntar 30 anos depois uma turma de concludentes do ensino médio do antigo colégio Leda Tajra, hoje Juarez Gomes.
        Parece que foi ontem que éramos  felizes e não sabíamos, trinta anos atrás os diretores Airton e Rolim batiam cabeça com uma turma no minimo "Peralta", era a turma do enigmático poeta Zezinho Casanova, do irreverente jogador de Futebol  Oliveira Sobrinho, dos profissionais da saúde Kelcimar e Núbia, do Político Sandro Marinho , dos professores João de Deus, Mairy, do irreverente Graciano, da aconchegante Lucilene, da  Bela Wanderly, do equilibrado Genivaldo, da segurança de André Araújo, dos amigos Denival, Rodanir,Lindomar,  da sensual Raimunda Barros, da firmeza de Edvaldo Moraes e das maluquices de Janete Martins carinhosamente chamada de "Macaca do Brejinho ou macaca barbuda", trinta anos depois ainda não sei a origem do apelido.
      
  Uma das primeiras perdas da turma foi a morte prematura de Larian que durante tres anos de convivência da turma  eram o mais assediado de maneira pejorativa, Laurian sempre respeitoso sorria disfarçando a insatisfação das brincadeiras que ouvia e até hoje trinta anos depois é lembrados pelos marmanjos da turma.Perdemos também João Martins, que tomava um copinho de  cachaça, mas todo mundo parava menos João Martins, o perdemos de forma dolorosa para bebida.
     Nós aprontamos todas naquela escola, deixávamos nossos  professores estressados quando essa palavras ainda não existia em nosso vocabulário, fugíamos da escola para namorar, fazíamos de tudo para sermos suspensos e no final do ano todos aprovados dentro da média.Coisas da juventude.
      
A droga(maconha) já existia, mas entre nós nem se falava, a coisa mais fora da lei que fazíamos era ir para Beira Rio e jogar copos e garrafas de cervejas na beira do rio num verdadeiro crime ambiental.
      Jogar futebol era nossa arte, Oliveira Sobrinho além de atleta era nosso técnico, sua tática era pagar uma meiota( meio litro de velho barreiro, até a garrafa era coisa fina") e éramos campeões do interclasse.
      Agradecemos aos nossos professores, todos sem exceção, obrigado em especial ao Professor Mota, Jesus Carvalho e professora  Piedade, 30 anos depois agradecemos aos mestres com carinho.
    
Um brinde a vida, a beleza da juventude presente ainda em nós,30 anos depois descobrimos que não formos simples colegas de classe, descobrimos que apesar dos anos terem nos separados, somos amigos do peito, amigos que protegiam os erros um dos outros para simplesmente ver a reação das pessoas, o tempo é um dos deuses mais cruéis, mas com a gente foi bem generoso, esse encontro dias 7 e 8 de julho serviu para nos unir mais ainda, agora maduros sorrimos de tudo que aprontamos e corremos atrás das pessoas que de alguma forma prejudicamos para dar um abraço fraterno , um sorriso sincero e um pedido de perdão. A vida continua companheiros, que a gente possa nunca mais  se perder um do outro e usar o zap pra falar "tá tudo bem com você, eu me importo contigo" pois entre nós há amigos mais chegados que um irmão.      





        Um brinde à turma de concludentes de 1988 do colégio Leda  Tjara






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