segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Especialistas dão dicas de como gastar o 13º salário da melhor forma

Aos trancos e barrancos, com mais ou menos contas a pagar, os brasileiros entram na reta final de 2014, um ano de inflação teimosa, baixo crescimento da economia do país e endividamento recorde das famílias. A euforia do consumo, motivada por incentivos fiscais e crédito farto, virou lembrança. Agora, diante de um claro ambiente de incertezas, mesmo quem está livre de dívidas tem levado mais a sério as orientações de reduzir gastos e poupar.

Este mês, grande parte dos brasileiros recebe a primeira parcela do 13º salário, benefício garantido pela Constituição Federal a empregados com carteira assinada, aposentados e pensionistas. O desafio é dar ao dinheiro EXTRA o destino mais adequado, levando em conta a própria realidade financeira. Para todos, vale a dica de sempre: evitar os impulsos, as compras inconsequentes e os gastos além do que a receita de fim de ano pode bancar.

Antes que o dinheiro pingue na sua conta, o Correio ouviu educadores financeiros e elencou as principais dicas direcionadas a três perfis de consumidores: os endividados, que se enrolaram com os compromissos e os juros exorbitantes; os que estão com a renda comprometida, embora não acumulem faturas em atraso; e os que conseguiram quitar as dívidas e contarão com um 13º salário livre. Identifique seu grupo, faça cálculos e ajuste os planos. Bom fim de ano e boa sorte.

Endividado deve pagar contas

Para quem se enrolou com as contas e chega ao fim de 2014 endividado, nada de chororô: o 13º salário, orientam os educadores financeiros, deverá ser usado integralmente para quitar ou ao menos diminuir os débitos, mesmo que esse tenha de ser o maior dos sacrifícios natalinos. “Não adianta usar O DINHEIRO EXTRA para comprar presentes, fazer festa e depois ficar triste”, alerta o presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abef), Edmilson Lyra.

Ao longo do ano, o porteiro Josenildo Ferreira da Silva, 38 anos, acumulou alguns boletos. Trocou televisão, máquina de lavar, cama e celular. Acabou caindo na armadilha de pagar o valor mínimo da fatura do cartão de crédito e, enroscado nos juros altos, agora contabiliza, às vésperas do Natal, uma dívida de cerca de R$ 2 mil, além das parcelas em aberto. “Quase todo ano tento me ajeitar, mas, de novo, não sei se vou conseguir”, confessa.

Inadimplente

» Não há alternativa: sua prioridade é pagar as contas
» Priorize os débitos mais caros e com prazo mais longo
» Esqueça viagens, presentes ou ceia farta

» Renda comprometida

» Reserve parte do 13º para as contas do início de 2015
» Nem pense em acumular mais parcelamentos
» Muita atenção com o consumo natalino, para não piorar a situação

» De bem com o orçamento

» Cuidado com os impulsos, mas aproveite bem o 13º
» Como prêmio ao seu esforço, programe o lazer e capriche na ceia
» Procure destinar parte do benefício para poupança ou investimentos
 FONTE: O Imparcial

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